Lisboa, 01 de setembro de 2022 – Quase no fim das férias, chegou a altura do ano em que pais e filhos começam a preparar entusiasticamente o regresso dos mais novos à escola, e com isso, novas despesas surgem no orçamento das famílias: manuais e material escolares são, muitas vezes, uma fatia significativa dos gastos familiares neste período do ano.
A verdade é que com a inflação presente no nosso dia a dia, este ano será ainda mais desafiante para os encarregados de educação que querem que os filhos entrem no novo ano letivo com o pé direito, o que nos leva a repensar como podemos rentabilizar estas despesas.
Já deu por si a pensar na razão pela qual compra cadernos novos todos os anos, ou porque não aproveita os livros escolares antigos do seu filho para o filho de um casal amigo? Pois é, existem muitas formas de podermos dar início ao novo ano letivo dos nossos filhos sem um grande peso para a nossa carteira. Como? O segredo está em poupar nas despesas e aproveitar o que já tem para novas utilizações. Para o/a ajudar neste processo, o UNIBANCO traz-lhe algumas dicas úteis já para implementar este ano:
1. Defina um orçamento.
O primeiro passo será sempre listar tanto o conjunto de despesas que prevê ter neste regresso às aulas, quanto o dinheiro que está disposto a gastar neste regresso às aulas, de forma a ter uma melhor perceção do impacto destas despesas na sua carteira. Se já não é um estreante nestas andanças, ser-lhe-á mais fácil, porque já tem noção do que precisa de gastar. Contudo, se for a sua primeira vez, o melhor será fazer esse planeamento com alguns meses de antecedência, para garantir que tem o dinheiro de que precisa na altura certa.
2. Compre online.
Hoje em dia, são várias as lojas, cadeias de hipermercados e plataformas de e-commerce que aproveitam este período do ano para lançar campanhas promocionais em artigos escolares, manuais, tecnologia, entre outros bens que os pais não prescindem de comprar no regresso às aulas. Muitas destas promoções chegam a apresentar descontos exclusivos para clientes online, o que torna ainda mais vantajosa esta modalidade. Nesse sentido, esteja atento às oportunidades que surgirem para salvar algum dinheiro na sua carteira. Mas atenção! Opte por efetuar estas compras com antecedência, de forma a garantir que as suas encomendas chegam atempadamente.
3. Não se esqueça da fatura.
Outra dica fundamental prende-se com a declaração das despesas em educação e formação dos seus filhos no IRS. Quer na aquisição do material e manuais escolares, na alimentação em refeitório escolar, no pagamento de propinas, ou no arrendamento de quartos e casas para um filho que estude fora da sua localidade de residência, solicitar fatura com NIF irá permitir uma maior poupança no IRS a declarar no ano seguinte. Atualmente, em educação é possível deduzir em IRS 30% das despesas, até um máximo de €800.
4. Ceda os manuais escolares do ano letivo anterior a quem necessitar.
Uma forma simples de ajudarmos familiares, amigos a poupar nas despesas escolares passa por emprestar a estas pessoas os manuais escolares utilizados pelo seu filho no ano letivo passado, sempre que estes frequentem o mesmo estabelecimento de ensino ou utilizem os mesmos manuais. Mas sabia que também pode poupar nesta despesa?! Pois é, atualmente o Ministério da Educação tem em curso o programa MEGA, que disponibiliza manuais escolares gratuitos reutilizados a crianças e jovens que frequentem escolas públicas e estabelecimentos de ensino particular e cooperativo.
5. Junte os mais novos e crie o seu próprio material escolar.
Se há coisa que o confinamento nos veio ensinar, é que existe uma veia criativa em cada um de nós. E porque não aproveitá-la para criar com os seus filhos peças escolares à medida do seu gosto?! Basta fazer uma rápida pesquisa na internet para encontrar um conjunto de tutoriais simples para conceber, por exemplos, estojos artesanais, cadernos personalizados, marcadores de livros, entre outros. O segredo é divertir-se. Em paralelo, poupar passa também por reaproveitar o material não utilizado no ano letivo anterior.
6. Sugira ao seu filho comer no refeitório escolar (ou a levar almoço).
Cada vez mais as famílias se mostram preocupadas com a correta alimentação em casa, e nada melhor do que estender esta realidade ao contexto escolar. Nesse sentido, as refeições escolares disponibilizadas nas cantinas das escolas são hoje uma excelente opção para que as crianças e jovens possam manter uma dieta equilibrada e nutritiva – com base no padrão alimentar mediterrânico – para além de ser uma alternativa muito mais em conta.
7. Incentive o uso de transportes públicos.
Quer seja nos grandes centros urbanos, ou nas regiões com menor densidade populacional, a oferta de transportes públicos apresenta-se como uma alternativa mais económica e sustentável para o percurso casa-escola, escola-casa dos mais novos. Em muitos municípios, os passes mensais para a utilização de transportes públicos são gratuitos para crianças e jovens – e, quando não o são, apresentam algum desconto. Desta forma, não descure esta possibilidade do seu filho ganhar mais autonomia e de até socializar com os colegas, podendo combinar deslocarem-se em conjunto até à escola.
8. Desafie o seu filho a experimentar a oferta extracurricular da sua escola.
De modo a reduzir a despesa que as atividades de tempos livres dos filhos podem representar para o seu orçamento familiar, procure conhecer a oferta de atividades extracurriculares que a escola disponibiliza. Desde música, teatro até às atividades desportivas, com certeza irá encontrar uma opção que faça “fit” com os gostos dos mais novos.
9. Ajude o seu filho a poupar desde pequeno.
Para além de todas as dicas acima apresentadas, importa também despender de um pouco do seu tempo para ensinar alguns conhecimentos financeiros base aos seus filhos. Já se dizia que é “desde pequenino que se torce o pepino”, e por isso mesmo deve começar desde cedo a explicar às crianças para que serve o dinheiro, qual a importância de poupar, e como devem gerir as suas despesas do dia a dia. Já para os mais velhos, o assunto é mais sério, e por isso poderá começar a incutir tópicos como os impostos, os tipos de investimento, etc.
10. Ofereça um cartão de pagamentos pré-pago.
Dentro desse processo educativo, um dos passos poderá ser a oferta de um cartão de pagamentos pré-pago (ou, uma vez que as novas gerações são mais tech-friendly, a disponibilização de uma app de pagamentos que tenha associado um cartão pré-pago). Ao fazê-lo, poderá carregar este cartão com a sua mesada, permitindo ao seu filho, através da aplicação, começar a ter autonomia e consciência da gestão do seu próprio dinheiro.