- A publicação do Processo Assistencial Integrado (PAI) da Obesidade, previsto pelo anterior Governo em 2023, aquando da publicação de um despacho que traçava o compromisso do executivo em definir um Modelo Integrado de Cuidados para a Prevenção e Tratamento da Obesidade. A sua publicação será no contexto atual um passo fundamental para a consolidação de uma abordagem clínica integrada, universal e eficiente à obesidade por parte do sistema de saúde e em torno do qual os profissionais, as equipas e as instituições de saúde debruçam elevada expectativa.
- Reforço das ferramentas para o acesso e monitorização efetiva do percurso de gestão clínica da Obesidade. Em concreto, propõe-se uma adaptação dos modelos de incentivo, monitorização e contratualização das várias tipologias de unidades do SNS (a saber cuidados de saúde primários e unidades hospitalares), com vista à inclusão de métricas que impulsionem o reforço da resposta de cuidados no domínio do combate e controlo da Obesidade;
- Criação de condições que agilizem o acesso ao tratamento médico (não cirúrgico) da Obesidade no SNS, paralelamente a um empenho no acesso à cirurgia para os casos com a devida indicação clínica. Para tal acontecer, referem as duas organizações, será necessário otimizar das vias de acesso à consulta especializada e multidisciplinar de Obesidade, bem como garantir a comparticipação do tratamento farmacológico (acompanhando a realidade de outros países europeus), e definir os critérios de acesso aos referidos tratamentos.
- Concretização do Programa de Combate e Controlo da Obesidade previsto no Plano de Emergência e Transformação da Saúde (PETS) apresentado em maio deste ano pelo atual Governo, e no qual o combate à Obesidade foi identificado como um dos quatro programas clínicos prioritários. Neste, é referida a importância: de se explorarem possíveis parcerias com o setor privado nos domínios em que o SNS não consiga dar resposta; de se aprovar, regular e monitorizar os tratamentos específicos disponíveis para a obesidade (sejam estes do ponto de vista médico, cirúrgico ou farmacológico); e de investir na prevenção da doença através de estratégias de promoção de literacia em saúde.
Sobre a SPEO
Fundada em 1989, a Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade (SPEO), com sede em Lisboa, tem como objetivo principal promover a investigação e a divulgação de conhecimento relacionado com a obesidade e os aspetos com ela relacionados, com relevância para a sociedade e comunidade científica (p.ex., epidemiologia, comportamento alimentar e atividade física, complicações médicas, etc.).
Sobre a SPEDM
A Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM) integra médicos, investigadores e outros profissionais de saúde que se dedicam ao estudo e tratamento das doenças endócrinas em Portugal. Desde a sua fundação, em 1949, que as sucessivas direções da SPEDM têm assumido como sua missão a promoção do conhecimento e investigação em Endocrinologia, visando assegurar o melhor tratamento às pessoas com doenças endócrinas.