À medida que os ciber riscos continuam a aumentar, também aumenta a procura por profissionais de segurança qualificados. Os atores de ameaças estão a encontrar formas únicas de avançar com as suas operações, recorrendo ao Cybercrime-as-a-Service, Inteligência Artificial generativa e outras ferramentas para aumentar o volume e a complexidade dos ataques. Não é surpresa, que, de acordo com o estudo Global Cyber Skills Gap de 2023 da Fortinet, mais de 80% das organizações tenham sofrido um ou mais incidentes de segurança nos últimos 12 meses. Além disso, quase 70% dos líderes empresariais afirmam que as posições por preencher em TI e segurança representam um risco significativo para as suas operações.
Por sua vez, um relatório recente da ISC2 estima que são necessários cerca de 4 milhões de profissionais de cibersegurança em todo o mundo para preencher as funções em aberto em toda a indústria. Talentos diversos podem ajudar a reduzir esta lacuna de competências cada vez mais evidente, mas pode ser desafiante encontrá-los. Aproximadamente 40% dos líderes empresariais indicam dificuldade em encontrar candidatos qualificados que sejam mulheres, seniores ou provenientes de grupos minoritários. Dados corroborados pelo Relatório Cibersegurança em Portugal do Observatório de Cibersegurança do Centro Nacional de Cibersegurança, que referem que apesar de ter existido um aumento do ensino superior especializado em cibersegurança e segurança de informação, com a criação de mais duas licenciaturas e um mestrado, bem como dos alunos inscritos e diplomados, verificou-se um número mais baixo de mulheres inscritas e diplomadas.
Tendo em conta estes indicadores, e no mês em que assinalamos o Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência, a Fortinet e a WiCyS, uma parceria estratégica desde 2021, reforçam o seu objetivo de tornar a educação, a rede de contactos e as oportunidades de carreira relacionadas com a cibersegurança mais acessíveis às mulheres em todo o mundo.
Um dos esforços mais proeminente desta parceria entre as duas organizações é o Networking Fundamentals Boot Camp, com a primeira turma a completar recentemente esta formação. Esta iniciativa foi concebida como ponto de entrada para aquelas que desejam seguir uma carreira em cibersegurança, pois fornece as bases dos conceitos essenciais e da terminologia de rede. As selecionadas para participar no programa tiveram acesso a 21 horas de formação, incluindo módulos online e webinars. Após completarem esta formação, as candidatas estarão melhor preparadas para continuar a sua aprendizagem em cibersegurança através de iniciativas como o Programa de Certificação NSE da Fortinet. Paralelamente, a Fortinet está a disponibilizar bolsas de estudo a cinco participantes do boot camp para frequentarem a conferência anual da WiCyS em abril, que oferecerá oportunidades adicionais de desenvolvimento profissional.
De referir que, para ajudar a resolver a lacuna contínua de competências em cibersegurança, a Fortinet comprometeu-se a formar 1 milhão de pessoas em segurança até 2026, sendo que parcerias com organizações como a WiCyS são vitais para alcançar este objetivo. Ao encontrar novas formas de aumentar o acesso à formação em cibersegurança, programas de certificação e oportunidades de emprego, conseguem elevar as competências da próxima geração de profissionais de cibersegurança que a indústria tanto necessita.