Bom dia,
De acordo com um estudo da Microsoft, 65% dos trabalhadores preferem delegar parte do seu trabalho à Inteligência Artificial (IA) para serem mais produtivos. Na mais recente sessão de perguntas e respostas, os especialistas da Schroders, juntamente com a Lead Responsible AI Ambassador da Microsoft do Reino Unido, discutem o potencial da Inteligência Artificial numa série de áreas:
O que é que a IA pode significar para o sector dos investimentos?
Charlotte Wood, Head of Innovation and Fintech Alliances, Schroders: "Existem tantos dados que as equipas de investimento têm de consumir todos os dias que, como seres humanos, estamos limitados à quantidade de dados que podemos consumir de forma útil e integrar nas decisões de investimento. A IA representa uma oportunidade para melhorar consideravelmente o consumo e a aplicação dos dados, melhorando assim as decisões de investimento e os resultados para os clientes."
Alex Tedder, Head of Global and Thematic Equities, Schroders: "A IA vai influenciar a forma como as pessoas afetam o capital entre diferentes classes de ativos, diferentes regiões e diferentes sectores. E é aí que as coisas se tornam interessantes: haverá vencedores e perdedores a nível empresarial, em termos da forma como adotam a IA e como a implementam - até que ponto são bem-sucedidos na melhoria da produtividade e da criatividade.
"Os mercados financeiros têm sido muito eficientes na avaliação do potencial impacto da IA, em particular no que poderia significar para o crescimento das receitas nos sectores do software e dos semicondutores. O que o mercado ainda não fez foi dar um passo atrás e pensar no que significará em termos de valor acrescentado noutros sectores ou indústrias. E, a nível empresarial, é aqui que as coisas se tornam muito interessantes.
Olhando especificamente para os consultores financeiros, como é que a IA pode ser utilizada na sua atividade diária?
Adelina Balasa, Lead Responsible AI Ambassador, Microsoft: "O valor da IA reside na sua capacidade de ajudar o consultor financeiro a compreender a minha situação mais rapidamente, a comunicar comigo mais rapidamente e a proporcionar-me uma experiência mais personalizada.
"Mas não aceitaria conselhos financeiros da IA sem a participação de um ser humano. Não se deve confiar no tipo de IA de que estamos a falar para gerar valores numéricos, mas apenas para os extrair, compreender e processar. Aceitaria conselhos genéricos como "a diversificação é uma coisa boa", mas não conselhos pessoais que não tenham sido examinados por um ser humano.
"Os grandes modelos de linguagem também compreendem números, mas isso deve-se ao facto de aprenderem sobre eles a partir de dados e conteúdos existentes, não porque compreendam ou possam aplicar essa compreensão a situações.
“De facto, alguns modelos de IA têm sistemas de segurança de conteúdos incorporados que conseguem detetar se está a perguntar "O que devo fazer nesta situação específica?". O modelo de IA dá-lhe uma resposta geral, mas o sistema de segurança de conteúdos, para além de detetar e bloquear linguagem imprópria, também acrescenta no final que deve pedir este conselho a um profissional.
Charlotte Wood: "O que é realmente espantoso nesta tecnologia é que não é preciso ser um cientista de dados para a utilizar na vida quotidiana ou no seu trabalho. Para os consultores financeiros, a IA pode ser utilizada para aumentar a interação com o cliente - por exemplo, pode verificar se o consultor fez todas as perguntas certas ao seu cliente.
"Devido à acessibilidade desta tecnologia, está disponível mais facilmente para as empresas mais pequenas que, por exemplo, podem não ter tido a possibilidade de contratar equipas de cientistas de dados para implementar o machine learning no passado.
"Pode também facilitar a personalização da informação, ajudar os clientes a interpretar os dados e a divulgá-los. É aqui que a IA pode ter um enorme impacto ao fazer isso por si".
Mais informações no documento em anexo.
