· Em Portugal, o erro e o risco são mal acolhidos pelas empresas, pelos líderes e pela opinião pública em geral;
· Modelos de gestão conservadores, com equipas sobredimensionadas, competências desajustadas e elevada resistência à mudança são alguns dos obstáculos à inovação;
· Empresas que ainda não incorporaram um growth mindset têm mais dificuldade em inovar.
Lisboa, 29 de setembro de 2022 - Como pode a inovação contribuir para uma boa reputação, foi a pergunta que deu origem ao debate promovido pelo Reputation Circle - centro de conhecimento para a reputação corporativa fundado pela Lift - que juntou personalidades de diferentes setores para debater os desafios das organizações na hora de inovar. A reflexão surge no âmbito do Corporate Code for Reputation Excellence, um documento orientador com foco na gestão de uma boa reputação corporativa.
Lançada a pergunta de partida, o debate passou pela caraterização do estado da arte na inovação em Portugal e foi possível identificar os principais eixos que antecedem estes movimentos disruptivos:
O desafio: A aversão à falha conduz a apostas conservadoras e de baixo risco, que condicionam e atrasam a inovação. Avançar apenas com garantias de sucesso limita as opções das empresas e implica estar refém de ciclos fiscais ou burocráticos. Por outro lado, considerar que a inovação se limita a produtos e serviços desperdiça oportunidades relacionadas com pessoas, processos ou gestão da cadeira de valor.
· O caminho: O passo para a mudança exige, em primeira instância, a capacidade de assumir o erro como parte integrante de um processo evolutivo, encorajar a formação ao longo da vida e explorar estratégias ou modelos de implementação diferentes. Implica, ainda, a capacidade de compreender e gerir as oportunidades de inovação dentro de toda a organização e comunicá-las de forma consistente.
O desafio: Os modelos de gestão tradicionais tendem a permitir o sobredimensionamento das equipas e um desajuste de competências face às necessidades presentes e futuras do negócio. Perante este cenário, o recrutamento torna-se um desafio, assim como a requalificação dos colaboradores.
· O caminho: A mudança começa por passar de um fixed para um growth mindset – capacidade de encarar o talento como algo que pode ser desenvolvido, promovendo o trabalho multidisciplinar, por oposição a uma lógica de silos e garantir uma aprendizagem contínua.
O desafio: É possível preparar o caminho para a inovação, mesmo estando longe da liderança de mercado.
· O caminho: Ser um smart follower permite evitar erros já cometidos por outros, construir uma estrutura sólida e, a médio e longo prazo, criar condições para fazer diferente.
O desafio: No setor público é mais difícil inovar, dado o desajuste crítico entre as competências dos quadros e as funções que desempenham, em grande medida agudizadas pela ausência do tal growth mindset.
· O caminho: a solução poderá passar pela aposta numa visão colaborativa e aberta ao exterior que permita inovar para além das limitações do sistema
Feito o diagnóstico e apontados os possíveis caminhos, fica a certeza de que todos os movimentos de rutura ou transformação começam, em potência, com investidas falhadas, investimentos sem retorno, mudança de estratégia, de equipas e um sem fim de variáveis, às quais se juntam a pressão interna e externa, antes que se consigam dar garantia de sucesso.
Decidir entre arriscar ou evitar - essa escolha difícil e nem sempre óbvia - implica também lembrar que a perceção de que uma organização evolui e a velocidade a que o faz é decisiva para a sua reputação.
Corporate Code for Reputation Excellence
O Corporate Code for Reputation Excellence pretende ser um documento orientador com foco na construção e gestão de uma boa reputação corporativa. Organizada em 7 pilares essenciais – Propósito, Empatia, Ambiente de Trabalho, Inovação, Sustentabilidade, Transparência e Métrica – esta carta de princípios resulta dos estudos e debates promovidos pelo Reputation Circle em torno da importância da reputação das organizações num mundo em aceleradas condições de mudança e incerteza. Um mundo em que os fatores económicos, ambientais, sociais e de governança (EESG) são percebidos, cada vez mais, como elementos críticos de sucesso ou fracasso, de boa ou má reputação. Uma realidade que deve determinar a forma de agir e de comunicar das empresas e dos gestores. Porque, quando falamos de reputação, importa ser, mas também é preciso parecer.
O esqueleto do documento foi desenhado pelo Reputation Circle com a participação ativa do seu Conselho Consultivo, um grupo de 11 personalidades de referência no panorama empresarial português.
Sobre a Lift
A Lift é uma agência fully integrated que disponibiliza um conjunto de serviços integrados nas áreas da consultoria estratégica especializada na gestão da reputação, relações públicas institucionais, relações públicas de marca, public affairs, marketing digital e gestão de redes sociais, influencer marketing, marketing de conteúdos, data & intelligence, training, gestão e produção de eventos. Com mais de 25 anos de experiência e destacando-se como uma das maiores e mais premiadas empresas do setor, a Lift tem evoluído com as tendências e melhores práticas internacionais, numa abordagem cada vez mais completa, integrada, estratégica e criativa às necessidades dos seus clientes. Com uma metodologia centrada na reputação, a Lift lançou em Portugal o centro de conhecimento especializado Reputation Circle - www.reputationcircle.pt.
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