10ª Noite da Literatura Europeia teve lugar no passado dia 4 de junho, no Campo de Santa Clara
- No sábado passado, com o regresso às edições presenciais, quase 3000 pessoas assistiram às 130 leituras encenadas por atores portugueses;
- Na edição de 2022, o serão literário reuniu obras de 13 autores de outros tantos países, apresentadas ao público em leituras encenadas com recurso a representação, figurinos, vídeo, música ou luz;
- Iniciativa alcançou os 21 000 espectadores, em formato presencial, ao longo de 10 edições;
- Nas edições de 2020 e 2021, em tempo de pandemia, o evento chegou, através da rádio, a um público estimado em 18 mil ouvintes;
- Desde o seu lançamento, a Noite da Literatura Europeia já proporcionou ao público o contacto com obras de 118 autores oriundos de 18 países europeus diferentes, num total de 973 leituras.
No final da 10ª edição da Noite da Literatura Europeia, os organizadores da iniciativa fazem um balanço muito positivo da participação do público e dos autores. Promovida pela Representação da Comissão Europeia em Portugal e pela EUNIC Portugal – rede de institutos culturais e serviços culturais das embaixadas europeias – a Noite da Literatura Europeia regressou, com sucesso, ao formato presencial em Lisboa no passado sábado (dia 4 de junho) e gerou uma animação cultural no Campo de Santa Clara que se estendeu das 18h15 até perto da meia-noite.
Durante este período, realizaram-se 130 leituras de excertos de obras de 13 autores de outros tantos países europeus. Estas leituras, que foram encenadas e interpretadas por atores portugueses, cobriram géneros literários tão diversos como prosa, poesia, ficção e não ficção, ou banda desenhada, resultando em performances criativas com recurso a representação, figurinos, vídeo, música, imagens ou luz.
Na sessão de abertura, três atores deram vida a 14 trechos de obras apresentadas ao longo das 10 edições, numa panorâmica do que foi até agora a Noite da Literatura Europeia, homenageando em simultâneo os autores, atores, tradutores e editores, cujo contributo para o sucesso deste intercâmbio cultural tem sido inestimável ao longo dos anos.
Ao fim de 10 edições, esta celebração alcançou já uma audiência de 39 000 pessoas, valor acumulado do número de espectadores presentes nas diversas leituras e da estimativa de ouvintes radiofónicos, cumprindo o seu objetivo de divulgar a literatura europeia e os seus autores junto do público português, aproximando culturas e protagonistas de diferentes países da União Europeia. Um sucesso saudado pela Representante da Comissão Europeia em Portugal, Sofia Moreira de Sousa: “A edição deste ano da Noite da Literatura Europeia foi mais um sucesso junto do público, que veio ao encontro de autores e intérpretes neste regresso ao formato presencial da iniciativa num bairro lisboeta. Trata-se de um acontecimento literário único no nosso país, que fomenta a leitura e descoberta de autores europeus, também graças a um formato inovador e muito próximo do público. Projetos como este são um bom exemplo do que é o trabalho da Comissão Europeia a nível local: aproximar a União Europeia dos seus cidadãos e mostrar que o projeto europeu é uma comunidade de valores que nos une na diversidade”, conclui.
Para a EUNIC, representada por Stefano Scaramuzzino, diretor do Instituto Italiano de Cultura de Lisboa e presidente da EUNIC Portugal: “É este o objetivo de eventos como a Noite da Literatura: a descoberta da variedade das línguas, das sonoridades dos outros idiomas, e, com essas, da riqueza das outras culturas, que em todas as fases das nossas vidas constituem um momento de saída da ‘comfort zone’, e então de formação, de esforço para pensar como alguém de outra comunidade. Por isso, é um dos instrumentos de luta contra a xenofobia, contra a tentação da limitação nacionalista dentro das nossas fronteiras, a tentação de considerar superior a cultura à qual pertencemos. Quem participar no evento poderá descobri-lo pessoalmente: as temáticas mais representadas este ano na escolha dos autores e autoras são a inclusão social, o feminismo, o confronto com a diversidade, a nossa história e as nossas responsabilidades”, declarou na sua intervenção na cerimónia inaugural.
Os autores, as obras e os intérpretes de 2022
Na edição deste ano, a Noite da Literatura Europeia contou com a presença de 5 autores: Karl Lubomirski, da Áustria; Radka Třeštíková, da Chéquia; Davide Enia, de Itália; Nathalie Ronvaux, do Luxemburgo; e Matilde Campilho, de Portugal. As leituras tinham uma duração de 10 a 15 minutos, e repetiam-se a cada trinta minutos, dando ao público a possibilidade de visitar os diversos espaços e assistir às diferentes sessões.
O público pôde assistir à leitura das seguintes obras:
Alemanha: Hard Land, de Benedict Wells | Interpretação de Ulisses Ceia
Áustria: Unbewohnbares Rot, Der Garten des Leonardo, de Karl Lubomirski | Interpretação de Fernando Rodrigues (com a presença do autor)
Chéquia: Soprar em Espuma, de Radka Třeštíková | Interpretação de Lígia Cruz (com a presença da autora)
Espanha: O Infinito num Junco, de Irene Vallejo | Interpretação de Pedro Saavedra
Estónia: Luigeluulinn, Emapuhkus, de Kristiina Ehin | Interpretação de Cheila Lima
Finlândia: Sisu: O segredo finlandês para encontrar a felicidade, de Katja Pantzar | Interpretação de: Ana Água
França: Peau d'Homme, de Hubert (Boulard) e Zanzim (Frédéric Leutelier) | Interpretação de Cátia Tomé
Hungria: Carta à mulher do meu futuro, de Péter Gárdos | Interpretação de Carlos Malvarez
Irlanda: Milkman, de Anna Burns | Interpretação de Inês Lapa Lopes
Itália: Notas sobre um naufrágio, de Davide Enia | Interpretação de Elmano Sancho (com a presença do autor)
Luxemburgo: Moi, je suis Rosa!, de Nathalie Ronvaux | Interpretação de Carolina David (com a presença da autora)
Polónia: O terceiro desejo, de Andrzej Sapkowski | Interpretação de Cláudio Henriques
Portugal: Flecha, de Matilde Campilho | Interpretação de Rita Cabaço (com a presença da autora)
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