· Perdas no valor global de $343 mil milhões registadas em 2021.
· Em Portugal e Espanha, o mau tempo nos meses de maio e junho do ano passado originou custos de mais de €131 milhões.
LISBOA, 17 de fevereiro, 2022 - A Aon, empresa líder mundial de serviços profissionais nas áreas de risco, reforma e saúde, acaba de divulgar as conclusões da mais recente edição do 2021 Weather, Climate and Catastrophe Insight, um relatório global que apresenta os principais números do impacto dos desastres naturais a nível económico em 2021.
De acordo com o documento, o último ano registou um total de $343 mil milhões (o equivalente a mais de €300 milhões) em perdas económicas, sendo $329 mil milhões (perto de €288 mil milhões) resultantes de eventos climáticos. Com estes números, 2021 tornou-se o terceiro ano com mais custos associados a eventos climáticos – sendo esta análise efetuada após o ajuste da inflação –, ainda que o número de desastres tenha diminuído para 401 (face aos 416 registados em 2020), o que, segundo o relatório, demonstra o crescente custo e gravidade destes eventos.
Outra das principais conclusões do 2021 Weather, Climate and Catastrophe Insight releva que, do total de eventos climáticos ocorridos no ano passado, somente 38% destes foram cobertos por seguros. Para Anabela Araújo, Chief Broking Officer e Claims Director da Aon Portugal, os resultados agora apresentados não são animadores: “Apesar do crescente compromisso de empresas, Estados e do próprio setor segurador em trabalhar no sentido de responder à crise climática que atravessamos e que fortemente impacta todos os países a nível económico, este novo relatório vem demonstrar que ainda nos encontramos no início da jornada. É, por isso, necessária maior ousadia na visão do risco climático e desenharmos novas soluções de proteção que consigam atenuar o impacto financeiro espoletado pelas catástrofes climáticas e, consequentemente, assegurar a sustentabilidade dos negócios e países.”
Já na perspetiva de Eric Andersen, Presidente da Aon plc, “existe claramente uma lacuna de proteção e inovação quando se trata de risco climático”. Para o executivo, “à medida que os eventos catastróficos aumentam em gravidade, a maneira como avaliamos e nos preparamos para esses riscos não pode depender apenas dos dados que temos do passado. Precisamos de olhar para a tecnologia, como a inteligência artificial e modelos preditivos que estão constantemente a aprender e a evoluir para mapear a volatilidade de um clima em mudança. Com soluções escaláveis, podemos apoiar as organizações a tomar melhores decisões que as tornam mais resilientes à medida que continuam a enfrentar com mais frequência riscos interligados e cada vez mais voláteis.”
2021 fica também marcado por ser o quarto ano em que mais eventos climáticos superaram a barreira dos mil milhões de dólares em perdas – neste caso, 50. Entre estes, o furação Ida, que assolou os Estados Unidos e as Caraíbas, foi o desastre que mais perdas económicas gerou no último ano, num total de $75.3 mil milhões (mais de €65 mil milhões). Atrás deste surgem também as cheias de julho na Europa Ocidental e Central, que, segundo o relatório da Aon, se tornaram o desastre mais caro de que há registo neste continente, tendo o mesmo alcançado perdas de $45.6 mil milhões (perto de €39 mil milhões). Também as cheias sazonais na China surgem na lista, com perdas de $30 mil milhões (cerca de €26 mil milhões).
Relativamente a Portugal, o país surge na lista dos eventos climáticos registados no último ano juntamente com Espanha e ambos registaram perdas na ordem dos mais de $150 milhões (mais de €131 milhões), devido ao período de mau tempo que ocorreu entre 29 de maio e 14 de junho.
Sobre a resposta a este cenário, Carlos Freire, CEO da Aon Portugal, destaca: “Perante uma realidade onde o risco climático, em particular, e os long tail risks, em geral, são cada vez mais prementes, a solução terá de passar por modelos de negócio que mobilizem transformações estruturais para assegurar a resiliência das empresas e organizações em relação ao contexto de volatilidade, cada vez mais constante, criando uma abordagem mais direcionada para os princípios ESG (Environmental, Social, Governance)”.
O 2021 Weather, Climate and Catastrophe Insight é um relatório desenvolvido anualmente pela Aon com o objetivo de reunir informação que permita quantificar e qualificar riscos relacionados com catástrofes e, em simultâneo, avaliar como é que as organizações podem aumentar a sua resiliência num cenário onde o risco climático é cada vez mais volátil.
Sobre a Aon
A Aon plc (NYSE:AON) é uma empresa líder mundial de serviços profissionais que dispõe de uma ampla gama de soluções de risco, reforma e saúde. Com 50.000 colaboradores em 120 países tem como objetivo entregar os melhores resultados através de proprietary data & analytics para fornecer insights que reduzam a volatilidade e melhorem o desempenho.