A 10ª edição de ‘A Arte Chegou ao Colombo’ arranca, hoje, num formato completamente inovador, ajustado à realidade provocada pela pandemia e com uma nova abordagem de apoio a artistas emergentes. Depois de nove anos a promover o trabalho de reconhecidos artistas nacionais e internacionais, ‘A Arte Chegou ao Colombo’ comemora os seus 10 anos com o apoio artistas em início de carreira.
Neste novo contexto, a tradicional exposição no Centro Colombo pretende apoiar o panorama artístico nacional e vai dar lugar a uma programação especial com três grandes momentos: o lançamento de uma retrospetiva digital que reúne os conteúdos de todas as edições anteriores; uma instalação de arte aérea na cúpula da Praça Central e um Prémio de Arte de apoio artistas emergentes, que será apresentado em breve.
Paulo Gomes, diretor do Centro Colombo, explica “Com os condicionalismos da nova realidade provocada pela COVID-19 percebemos que a realização de uma exposição no formato habitual não seria a opção mais segura, mas não queríamos deixar de cumprir aquela que tem sido a nossa missão nos últimos 10 anos, disponibilizar Arte aos nossos visitantes e, principalmente, dar início a um novo ciclo através da criação de um projeto de apoio a artistas emergentes. É com base nestas premissas que nasce esta programação especial de ‘A Arte Chegou ao Colombo’. Um novo formato com três dimensões: relembra o passado, celebra o presente e olha para o futuro.”
Dez anos de ‘A Arte Chegou ao Colombo’ relembrados em retrospetiva digital
Lançado em 2011, ‘A Arte chegou ao Colombo’ é um projeto pioneiro que contribui para a divulgação e promoção de atividades culturais, aproximando os visitantes do Centro Colombo das diversas manifestações artísticas e promovendo a sua participação e interação com a Arte de forma gratuita e acessível a todos.
Nos últimos dez anos, o Centro Colombo recebeu exposições de diversos artistas de reconhecimento nacional e internacional, que foram vistas por mais de 1.2 milhões de pessoas, promovendo uma verdadeira democratização da arte. Exposições e obras de arte que podem, agora, ser vistas ou revistas em www.colombo.pt/artecolombo/ e em forma de um vídeo artístico que celebra a história deste projeto e que pode ser visto em www.colombo.pt/artecolombo/video-retrospetiva-10-anos/.
“A Arte Chegou ao Colombo é já uma referência nas iniciativas de democratização do acesso à arte em Portugal. Ao longo da sua existência, os visitantes revelaram o seu interesse pelas diversas exposições artísticas e, também por isso, sentimos um enorme orgulho ao promover, ano após ano, este projeto. O lançamento deste microsite, que reúne toda a informação e imagens das edições anteriores vem reforçar esta missão. Desta forma vai ser possível revisitar as grandes exposições e os artistas de renome que fizeram e continuam a fazer parte deste projeto.” reforça Paulo Gomes.
No primeiro ano de arranque ‘A Arte Chegou ao Colombo’ contou com a parceria do Museu Coleção Berardo na exposição dos trabalhos de quatro artistas nacionais – Joana Vasconcelos, Miguel Palma, Susana Anágua e Isaque Pinheiro. Seguiram-se depois o MNAA – Museu Nacional de Arte Antiga (2012), a Exposição Andy Warhol – Icons (2013), a instalação interativa The Pool da artista norte-americana Jen Lewin (2014), a A Divina Comédia de Salvador Dalí (2015) e a exposição Terry O’Neill – Faces of the Stars. Em 2017, a iniciativa recebeu O Mundo Fantástico de Paula Rego, um verdadeiro sucesso com 224.500 visitantes em três meses. Em 2018 foi a vez das obras mais emblemáticas de Roy Lichtenstein e a Pop Art, e no ano passado, 35 obras da artista Vieira da Silva foram apresentadas de forma inédita numa experiência imersiva de digital & media art, que contou com o Alto Patrocínio da Presidência da República.
Mundus Imaginalis, uma instalação de arte aérea que celebra o fim do confinamento
Mundus Imaginalis é o nome da instalação de arte área que pode ser vista, a partir de hoje, no Centro Colombo. Criada pelos jovens artistas do coletivo Error-43 e com curadoria da State of the Art, Mundus Imaginalis consiste numa semi-esfera leve, que vai estar colocada na cúpula da Praça Central e que simboliza o fim do confinamento, através de uma bola de espelhos em constante deformação num espetro de formas e luz.
De acordo com os artistas, Mundus Imaginalis “é um reflexo dos momentos que vivemos no multiverso das nossas realidades, repartidas entre as nossas casas, pensamentos e sonhos, que não tivemos oportunidade de partilhar na presença física de outros humanos. Esta peça representa o sítio onde essas realidades se juntam de novo.”
Trata-se de uma obra com elevada criatividade e com uma forte componente expressiva, que pretende apelar aos sentidos e à reflexão dos visitantes, celebrando a vida em comunidade, mas sem envolver contacto físico. Os visitantes podem circular livremente por baixo da instalação, ou contemplar a peça a partir das galerias da Praça Central com a sua imagem refletindo - e confundindo-se, quer com o meio ambiente, quer com a imagem das outras pessoas, criando um efeito ilusório, como um sonho em movimento.
Mundus Imaginalis vai estar na Praça Central do Centro Colombo até dia 31 de outubro.
‘Prémio A Arte Chegou ao Colombo’ vai apoiar artistas emergentes
No dia 1 de outubro será lançado o ‘Prémio A Arte Chegou ao Colombo’, que pretende dar novo impulso à criação de arte contemporânea e um sinal positivo à sociedade numa fase de grande incerteza económica. Esta iniciativa vai alargar a área de atuação e a missão que ‘A Arte Chegou ao Colombo’ teve nestes últimos 10 anos, para um apoio mais direto ao setor artístico de Portugal. Em breve serão divulgados mais detalhes relativamente às candidaturas, parceiros e júri.