- Questões relacionadas com higiene, saúde e bem-estar dos portugueses aceleram a necessidade de reabertura destes serviços
- Compromisso do sector estabelece um conjunto de regras e recomendações essenciais de segurança para profissionais e clientes
- Este mercado representam uma fatia significativa do PIB nacional com mais de 38.000 salões de cabeleireiro e institutos de beleza, em Portugal
As assoc
iações representantes do sector dos cuidados pessoais, em Portugal, estão a desenvolver um conjunto de medidas para preparar o sector para a reabertura faseada dos salões de cabeleireiro e institutos de beleza e estética, após o final do estado de emergência, no próximo dia 2 de maio.De acordo com as associações, a necessidade de reabertura dos cabeleiros e institutos de beleza e estética prende-se com questões relacionadas com as condições de higiene, saúde e bem-estar dos portugueses, das quais têm estado privados neste período de confinamento.
“Os serviços prestados por estes estabelecimentos têm um impacto muito positivo na autoestima e no bem-estar dos portugueses e daí a urgência de retomarmos a atividade com os cuidados tão essenciais, após um momento de confinamento prolongado. Queremos fazê-lo de forma gradual com o profissionalismo e cuidado que este sector pode aportar, seguindo sempre as indicações que as autoridades de saúde competentes possam indicar e já enviámos uma carta ao governo neste sentido” afirma Cristina Bento, da Associação Portuguesa de Barbearias, Cabeleireiros e Institutos de Beleza.
Para garantir um conjunto de medidas de segurança, essenciais ao período de contenção que vai prolongar-se nos próximos meses, as associações desenvolveram um documento de Compromisso do Sector, que incluí um conjunto de regras e recomendações essenciais para a reabertura dos estabelecimentos, e que está a ser divulgado por todos os associados.
Estas medidas incluem a imposição de um número limitado de pessoas dentro de um estabelecimento, por forma a que se garanta o distanciamento; acesso aos serviços apenas por marcação, evitando assim grandes aglomerados de pessoas e higienização regular do espaço comercial. Será obrigatório a utilização de máscaras pelos profissionais e pelos clientes, bem como a utilização de luvas e penteadores descartáveis e os materiais não descartáveis serão esterilizados. Cumprimento de todas as recomendações indicadas pelas autoridades de saúde nacionais, nomeadamente na desinfeção e lavagem frequente das mãos dos profissionais e dos clientes.
A este compromisso acresce a já bem formada consciência dos profissionais deste sector que desde há muito trabalham com medidas de prevenção de outras doenças (VIH, Hepatites, etc.) e tem implementadas diversas metodologias e cuidados essenciais à defesa da sua saúde e da dos clientes.
Este mercado representam uma fatia significativa do PIB nacional com mais de 38.000 salões de cabeleireiro e institutos de beleza. São quase exclusivamente pequenas e microempresas, de cariz muitas vezes familiar, que empregam mais de 50 mil profissionais, altamente dependentes deste rendimento.
“Estamos conscientes da importância do estado de emergência e das medidas implementadas pelo Governo para reduzir o impacto da pandemia do novo coronavírus no nosso país, no entanto não podemos deixar de estar preocupados com o futuro do nosso mercado, com a situação difícil dos nossos profissionais e com o espectro de desemprego que esta paragem prolongada pode trazer para o sector.” Acrescenta Cristina Bento.