Investidores portugueses não diversificam tanto os ativos como os congéneres mundiais

10 December 2018

O Global Investor Study da Schroders revela que 41% dos investidores portugueses inquiridos entende que diversifica pouco ou nada os seus ativos.
14% daqueles que têm mais conhecimentos sobre investimentos sentem que o seu portfólio é pouco ou nada diversificado.

Londres, 10 de Dezembro de 2018 – A Schroders acaba de revelar a terceira parte do Global Investor Study 2018*, que é dedicado à forma como os investidores tomam decisões de investimento. Uma das principais conclusões do estudo é a de que os investidores portugueses não diversificam tanto os seus ativos como os congéneres mundiais. Na realidade, 41% dos investidores portugueses inquiridos entende que diversifica pouco ou nada os seus ativos. Até os 14% com um nível superior de conhecimento afirmam que o seu portfólio é pouco ou nada diversificado.

Normalmente, o típico investidor global divide o seu portfólio em um terço em ações, um quarto em dinheiro e o resto dividido entre obrigações, imobiliário e investimentos alternativos. Esta forma de divisão é muito comum entre investidores, mas pode variar em função da idade, da geografia, do nível de conhecimento e de outros fatores demográficos.

Outra importante conclusão do estudo é o facto dos investidores “Avançados / Especialistas” conviverem bem com níveis elevados de risco, investindo um quarto dos seus portfólios em investimentos de elevado risco (um quinto pelos investidores portugueses), dando menos importância ao dinheiro quando comparados com investidores “Novatos / Básicos”, que colocam apenas, em média, 14% das suas poupanças em portfólios de elevado risco (9% em Portugal).

Em média, os portugueses colocam 57,1% dos seus investimentos em ativos de baixo risco, a mais alta alocação deste tipo no Mundo. Apesar disso, têm uma expectativa anual de retorno na ordem dos 10%, o que não é uma expectativa realista, sendo por isso provável que fiquem desapontados com os seus rendimentos.

Globalmente, os investidores “Avançados / Especialistas” guardam 33% menos dinheiro do que os investidores “Novatos / Básicos”, que mantêm, em média 21% do seu portfólio em dinheiro, o que compara com os 32% mantidos pelos investidores com menos conhecimento. Em vez disso, os investidores “Avançados / Especialistas” têm uma maior exposição a ações (34%) obrigações (19%), fundos imobiliários – diferentes de propriedades em si mesmo – (13%) e investimentos alternativos (12%). Quanto mais conhecimentos tiverem os investidores maior a probabilidade de reagiram adequadamente às quedas dos mercados acionistas, respondendo a essas quedas com a compra de ações, obrigações, fundos imobiliários e dinheiro. Em contraste, o estudo revela que 58% dos investidores globais com menos conhecimento não fazem nada quando os mercados caem (73% em Portugal).

Os investidores “Avançados / Especialistas” da Asia são os mais corajosos, alocando 26% dos seus ativos a investimentos de elevado risco, o que compara com os investidores europeus, mais cautelosos, que investem, em média, 23% do seu portfólio nesse tipo de ativos.

No total, mais de um terço (34%) dos investidores “Avançados / Especialistas” de todo o mundo acredita que os seus portfólios estão bem diversificados (33% em Portugal), o que compara com os 9% de investidores “Novatos / Básicos” (5% em Portugal).

O estudo demonstra também que os investimentos temáticos** - saúde, sustentabilidade, tecnologias disruptivas, commodities, economia de dados e urbanização – são bastante populares junto das pessoas com maiores níveis de conhecimento. Os três maiores temas de investimento para os investidores globais são a saúde, a sustentabilidade e as tecnologias disruptivas. No estudo ficou também evidente que a geração “Millennial” é a que tem mais interesse nestes três tipos de fundos, especialmente os relacionados com sustentabilidade.

Por regra, para se ter mais lucro, tem de assumir maior risco e é interessante verificar que os investidores que se consideram como avançados ou especialistas têm mais tendência para assumir o risco. No entanto, achamos que os investidores vão ter de manter os seus investimentos durante mais tempo do que o que estavam habituados. Será uma forma de compensar perdas de capital no curto prazo e assegurar ganhos futuros. De qualquer forma, os investidores de qualquer nível devem sempre ter em conta o risco adicional que estão disponíveis a aceitar para alcançarem o que desejam, ao mesmo tempo que equilibram as suas circunstâncias pessoais com o apetite para o risco. As pessoas têm grandes expectativas em relação às suas poupanças; planeiam o futuro e esperam que os seus investimentos possam crescer de forma a tornar esses planos uma realidade. No entanto, se as suas estimativas estiverem muito longe da realidade, esses planos podem facilmente derrapar.”

Carla Bergareche, Diretora Geral da Schroders em Espanha e Portugal

Para aceder ao relatório completo do Global Investor Study 2018 da Schroders “fazer decisões de investimento”, por favor, aceda a www.schroders.pt/gis

A primeira parte do Estudo, publicado em julho, revelou que, globalmente, as pessoas subestimam de forma significativa o custo de vida na reforma. Pode saber mais aqui.

A segunda parte, apresentada em setembro, revelou que apenas um quarto da população global está preocupada com a possibilidade dos investimentos em sustentabilidade comprometerem lucros futuros. Pode saber mais aqui.

*Em abril de 2018, a Schroders contratou a Research Plus Ltd para conduzir uma pesquisa on-line independente com mais de 22.000 investidores, de 30 países em todo o mundo. Nesses países estão incluídos a Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Itália, Japão, Holanda, Espanha, Reino Unido e EUA. Esta pesquisa define “pessoas” como aquelas que vão investir pelo menos € 10.000 (ou o equivalente) nos próximos 12 meses e que fizeram mudanças nos seus investimentos, nos últimos dez anos.

** Um investimento focado em empresas ativas numa área em particular.

Sobre a Schroders plc: Enquanto gestora global de investimentos, apoiamos instituições, intermediários e indivíduos a caminhar para os seus objetivos, a alcançar as suas ambições e a preparar-se para o futuro. Mas à medida que o mundo muda, mudam também as necessidades dos nossos clientes. É por esta razão que temos uma longa história de adaptação, acompanhando os tempos e mantendo a nossa atenção centrada no que mais importa aos nossos clientes.Fazê-lo implica experiência e conhecimento especializado. Ouvimos as pessoas e analisamos os dados para identificar tendências que vão marcar o futuro. Este conhecimento permite-nos uma perspetiva única, que apoia um investimento com convicção. Somos responsáveis pela gestão de uma carteira de 508,2 mil milhões de Euros* em ativos que os nossos clientes nos confiam para que lhes entreguemos retornos sustentáveis. Mantemo-nos determinados a contribuir para a sua prosperidade futura e para a da sociedade em geral. Atualmente, contamos com 4600 colaboradores por todo o mundo, cuja missão é fazer isto mesmo.

Erica Macieira

Client Manager at Lift Consulting

910549515

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