68% das empresas já recorrem à IA Generativa para transformar negócios

· Frontier Firms apresentam retornos três vezes superiores e utilizam IA, em média, em sete funções nucleares do negócio;

· Nos próximos dois anos, o número de empresas a utilizar agentes de IA triplicará;

· O impacto económico global da IA deverá atingir 22,3 biliões de dólares até 2030, cerca de 3,7% do PIB global.

Lisboa, 04 de dezembro de 2025 – 68% das empresas a nível global já utilizam Inteligência Artificial (IA) Generativa, revela o estudo “What every company can learn from Frontier firms leading the AI revolution” do IDC, encomendado pela Microsoft, que mostra como esta tecnologia está a transformar os negócios em todos os setores. O relatório, baseado em mais de 4.000 líderes empresariais, confirma que a adoção da IA está a acelerar a um ritmo sem precedentes.

Segundo o estudo, na região Europa, Oriente Médio e África (EMEA), 57% já recorrem à IA Generativa. No entanto, a verdadeira diferença está na forma como esta tecnologia é aplicada. Na liderança desta transformação estão as chamadas Frontier Firms, organizações que adotam uma abordagem “AI-first” em tudo o que fazem, potenciando a ambição humana e maximizando o seu impacto na sociedade. Estas empresas não só redefinem o que é possível, como também estabelecem o ritmo para o futuro, e reportam retornos três vezes superiores aos dos adotantes mais lentos.

Este movimento global confirma que a IA não é apenas uma ferramenta, mas um fator crítico para a competitividade e inovação, capaz de transformar fundamentalmente modelos de negócio e criar novas oportunidades em escala.

O sucesso das Frontier Firms vai além da eficiência e produtividade em escala, impulsionando crescimento, expansão e liderança setorial numa nova economia potenciada pela IA. Com base no estudo do IDC, a Microsoft identificou cinco estratégias-chave para as empresas se tornarem Frontier Firms e para conseguirem transformar verdadeiramente o seu negócio através da IA.

1. Alargar o impacto da IA a todas as áreas de negócio

As Frontier Firms utilizam IA, em média, em sete funções nucleares do negócio. Mais de 70% aplicam esta tecnologia para suporte em áreas como serviço ao cliente, marketing, TI, desenvolvimento de produto e cibersegurança, aproveitando a sua capacidade para automatizar processos, fluxos de trabalho e detetar anomalias em tempo real.

Este nível de adoção em áreas de negócios traduz-se em impacto mensurável: as Frontier Firms reportam resultados quatro vezes superiores aos dos adotantes mais lentos desta tecnologia, com ganhos significativos em diferenciação da marca (87%), eficiência de custos (86%), crescimento da receita (88%) e experiência do cliente (85%).

2. Potenciar o valor específico da indústria

Embora muitas organizações iniciem a sua jornada de IA com ganhos de produtividade, com automatização de tarefas e melhoria da eficiência, as Frontier Firms vão mais longe, implementando esta tecnologia em aplicações estratégicas específicas do setor. Segundo o estudo, 67% destas empresas já estão a monetizar casos de uso de IA para aumentar a receita. Setores líderes incluem serviços financeiros, saúde e indústria, cada um a aplicar IA para resolver desafios complexos: reforço da deteção de fraude e melhoria do suporte ao cliente nos serviços financeiros; assistência em diagnósticos e cuidados personalizados na saúde; e manutenção preditiva e otimização da produção e automatização de inspeções de qualidade na indústria.

3. Criar soluções de IA personalizadas para vantagem competitiva

As organizações estão a avançar para soluções de IA personalizadas que incorporam conhecimento proprietário, tom e conformidade em cada interação. Atualmente, 58% das Frontier Firms já utilizam estas soluções, ajustando-as com dados internos ou conhecimento específico do setor para garantir maior precisão em previsões, geração de conteúdos e alinhamento com objetivos e requisitos regulatórios.

Nos próximos 24 meses, 77% destas empresas planeiam integrar soluções de IA personalizada, refletindo uma tendência crescente para integrações estratégicas mais profundas.

4. Agentes de IA: O novo fator diferenciador para líderes empresariais

A próxima fronteira da IA são os agentes inteligentes - sistemas capazes de raciocinar, planear e agir com orientação humana. Nos próximos dois anos, o IDC estima que o número de empresas a utilizar agentes de IA triplicará, à medida que os líderes procuram aliviar equipas sobrecarregadas e acelerar a inovação.

Estes agentes já estão a transformar áreas críticas, nomeadamente:

· Finanças: fornecem insights em tempo real, orientação sobre políticas, e apoio na revisão de documentos e seleção de fornecedores.

· Vendas: constroem pipelines, unificam insights de Customer Relationship Management (CRM), reuniões, emails e web e ajudam a qualificar leads e a criar comunicações personalizadas.

· Serviço ao cliente: gerem casos e interpretam intenções dos clientes.

5. Os orçamentos de IA estão a crescer - e as equipas também

A aposta na IA está a crescer rapidamente, com 71% dos inquiridos a planear aumentar os seus orçamentos de IA, com financiamento proveniente de áreas de TI e não TI. Esta diversificação reflete uma mudança estrutural: a IA deixou de ser vista como tecnologia isolada e tornou-se um pilar central da transformação empresarial.

Para desbloquear todo o potencial transformador da IA, é necessária colaboração entre todas as funções, sendo que 34% das empresas inquiridas estão a adicionar novos investimentos, 24% a reaproveitar orçamentos de TI existentes e 13% a realocar fundos de outras áreas.

Segundo o IDC, o impacto económico global da IA deverá atingir 22,3 biliões de dólares até 2030 (cerca de 3,7% do PIB global), o que exige capacidades robustas de medição e um modelo de negócio sólido que modele custos e valor responsável.

A oportunidade para exigir mais da IA é agora. O estudo revela que 22% das organizações a nível global já são Frontier Firms, valor que desce para 18% na região EMEA, com impacto mensurável e velocidade, enquanto 39% arriscam ficar para trás. Muitos enfrentam desafios como segurança, privacidade, governação, custos e questões éticas, além da complexidade de integração e escalabilidade.

A mensagem é clara: quem abraça a IA beneficia em eficiência, experiência do cliente e inovação. Para manter a competitividade, os líderes devem agir com prontidão, encarando a IA não como uma experiência, mas como um imperativo estratégico para crescimento e liderança.

O sucesso começa com investimento, governação e preparação organizacional. Para tal, é essencial garantir uma infraestrutura robusta, segura e escalável para suportar iniciativas de IA. O exemplo das Frontier Firms revela que uma implementação personalizada e supervisão responsável são fatores críticos para impulsionar o retorno sobre o investimento (ROI) e a inovação.