Lisboa, 04 de setembro de 2025 – A Microsoft anuncia a Quantum Safe Program Strategy — um passo significativo na preparação para a era da computação quântica, com uma mentalidade de segurança em primeiro lugar. A estratégia da Microsoft define como pretende permitir a adoção precoce de capacidades pós-quânticas nos seus produtos e serviços até 2029 e completar a transição até 2033, dois anos antes da maioria dos prazos estabelecidos pelos governos para a conclusão desta transição.
A computação quântica promete avanços significativos na medicina, nas ciências dos materiais e muitas outras áreas, mas à medida que a tecnologia evolui, também a abordagem à cibersegurança deve evoluir. A tecnologia quântica introduz novas oportunidades, mas também novos riscos, sobretudo para a segurança da informação. Para proteger dados sensíveis e manter a confiança pública nos sistemas digitais que sustentam as economias e sociedades, os governos devem facilitar uma transição criptográfica antes de os computadores quânticos se tornarem amplamente disponíveis.
Durante décadas, os algoritmos de encriptação protegeram tudo, desde palavras-passe pessoais e comunicações privadas até às infraestruturas críticas que suportam o sistema financeiro global. No entanto, um computador quântico suficientemente poderoso poderá, um dia, tornar obsoletos alguns métodos de encriptação, colocando em risco a confidencialidade e a integridade dos dados que sustentam a vida digital dos utilizadores.
A indústria e os governos devem agir rapidamente para tornar a infraestrutura digital mundial segura face à computação quântica
Embora os especialistas prevejam que estas capacidades quânticas apenas surjam na década de 2030, a necessidade de transitar para uma criptografia pós-quântica é imediata. Esta transição é complexa, exigindo tempo e recursos, e as organizações que não agirem de imediato poderão, em breve, ver as suas informações mais sensíveis expostas.
Entretanto, uma ameaça real já se começa a materializar: atores maliciosos podem recolher dados encriptados hoje, com a intenção de os desencriptar no futuro através de computadores quânticos — uma tática conhecida como “harvest now, decrypt later”. Isto reforça a necessidade de agir o quanto antes para proteger a informação sensível, antes que as ameaças quânticas se tornem realidade.
Aposta em parcerias é crucial para garantir um futuro pós-quântico seguro
A transição do ecossistema digital exige colaboração em escala global. A Microsoft contribui para múltiplas iniciativas que visam facilitar esta transição, incluindo o Projeto de Criptografia Pós-Quântica do NIST, o Centro Nacional de Excelência em Cibersegurança para a Migração para Criptografia Pós-Quântica, o Internet Engineering Task Force (IETF), o projeto Open Quantum Safe (OQS) e a Post-Quantum Cryptography Coalition da MITRE.
Através destes esforços, a Microsoft ajuda a desenvolver algoritmos pós-quânticos, apoia a sua adoção em normas como TLS e X.509 e promove a aceleração da sua implementação tanto em tecnologias comerciais como de código aberto. Recentemente, a empresa lançou capacidades de criptografia pós-quântica de forma antecipada para alguns utilizadores de Windows e Linux, permitindo testar estas funcionalidades e identificar potenciais desafios.
A indústria privada não pode, sozinha, resolver estes desafios. Os governos desempenham um papel crítico em viabilizar um futuro pós-quântico seguro, através de uma colaboração sólida com a indústria e da implementação de políticas eficazes. Para acelerar esta preparação, a Microsoft recomenda que os governos adotem as seguintes medidas:
· Estabelecer a segurança pós-quântica como prioridade nacional de cibersegurança: posicionar a criptografia pós-quântica como uma prioridade estratégica e integrá-la nos quadros nacionais de cibersegurança.
· Alinhar estratégias pós-quânticas entre jurisdições: harmonizar políticas públicas, normas e cronogramas de transição. O G7 deve liderar, expandindo a sua linha de trabalho sobre criptografia pós-quântica no setor financeiro, de forma a alinhar as estratégias mais amplas de segurança quântica dos Estados-membros.
· Adotar normas internacionais: apoiar o desenvolvimento de padrões globais e evitar abordagens fragmentadas e regionais, que prejudiquem a interoperabilidade, a inovação e a segurança.
· Definir cronogramas antecipados e progressivos: impulsionar a ação antes de 2030. Por exemplo, a Política 15 do CNSS dos EUA exige algoritmos pós-quânticos em todos os novos produtos e serviços destinados a sistemas de segurança nacional a partir de janeiro de 2027.
· Liderar através do exemplo com planos de transição transparentes: publicar e atualizar regularmente os planos de transição dos governos — incluindo cronogramas, marcos e orçamentos — para fomentar a partilha de conhecimento e de boas práticas.
· Sensibilizar e reforçar competências na força de trabalho: educar o público e os setores de infraestruturas críticas sobre os riscos e a preparação quântica. Investir em programas de capacitação que dotem a força de trabalho das competências necessárias para a transição pós-quântica.
A transição para um mundo digital seguro face à computação quântica requer uma colaboração estreita entre a indústria e os governos para ser bem-sucedida. Neste sentido, a Microsoft apresenta a sua estratégia de transição para orientar decisores políticos e clientes relativamente aos seus planos, incentivando outros a agir, e mantém-se disponível para colaborar com legisladores em todo o mundo, facilitando a transição do ecossistema digital de forma mais ampla.
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