O estudo “2025 Global Medical Trend Rates Report” da Aon prevê que os custos com os seguros de saúde em Portugal continuem a aumentar, com a taxa média de aumento a manter-se nos 10,0%, em relação ao ano anterior.
Apesar da expectativa de redução da taxa de inflação anual (2%) em Portugal, os custos com seguros de saúde irão continuar a crescer acima da taxa de inflação geral
Os custos com os seguros de saúde em Portugal estão em linha com o crescimento médio a nível global (10%), mas registam um valor superior à média europeia (8,9%).
LISBOA, 11 de novembro, 2024 – De acordo com o 2025 Global Medical Trend Rates Report da Aon, empresa líder mundial de serviços nas áreas de Risk Capital e Human Capital, as empresas portuguesas deverão esperar um aumento médio de 10% nos custos com os seguros de saúde para 2025, refletindo um aumento significativamente superior à inflação geral projetada pelo FMI para Portugal em 2,0%.
Este cenário está alinhado com as tendências globais que apontam para uma pressão contínua sobre os seguros de saúde corporativos. Na análise anual, os custos associados aos seguros de saúde disponibilizados pelas empresas em Portugal aos seus colaboradores registam uma tendência estável de crescimento, mantendo-se nos 10,0% face ao período homólogo. Em termos globais, a tendência mundial sofre uma ligeira diminuição do crescimento, de apenas uma décima (previsão de 10% em 2025, face a 10,1% em 2024).
As empresas, não só em Portugal, mas em todo o mundo, estão a adotar estratégias para mitigar o impacto do aumento dos custos dos seguros de saúde. Assim, estão a ser implementadas algumas medidas e programas para os seus colaboradores, com destaque para o reforço na prevenção e em programas de bem estar, assim como algumas atualizações ao nível do desenho dos planos e das suas regras de financiamento, bem como uma aposta ns planos de benefícios flexíveis, promovendo uma mudança para uma lógica de contribuição definida, em que as empresas conseguem controlar mais o custo, oferecendo simultaneamente benefícios personalizados para atrair e reter talento.
Para João Dias, Health Solutions Manager da Aon Portugal, “O aumento sustentado dos custos com os seguros de saúde é uma realidade que exige que as empresas procurem medidas para mitigar este impacto. As iniciativas de prevenção e bem-estar estão a ganhar cada vez mais espaço no desenvolvimento de programas de assistência ao colaborador, nomeadamente check-ups regulares, programas de nutrição e gestão do stress, entre outras. Além disso, os planos de benefícios flexíveis que as organizações estão a implementar são vistos como uma solução eficaz para controlar os custos e, ao mesmo tempo, oferecer pacotes de benefícios personalizados e mais adequados às necessidades específicas de cada colaborador.”
Quando analisadas as tendências relativamente às coberturas nos seguros de saúde, verifica-se que as mais procuradas em Portugal são as coberturas de hospitalização, consultas e exames, estomatologia e oftalmologia, que se mantém em linha com a tendência do ano passado. Por sua vez, os fatores de risco que mais contribuem para a subida dos custos com a saúde para as empresas, são nomeadamente o envelhecimento da sua população, a ausência de rastreios clínicos antecipados, a genética, o aumento das doenças crónicas, como a hipertensão o stress e a ausência da prática de atividade física.
O 2025 Global Medical Trend Rates Report, destaca, ainda, que as patologias que mais têm contribuido para o aumento dos custos dos seguros de saúde são as doenças oncológicas – os principais tipos de cancro são da mama, do pulmão, o colorretal e da próstata – e as patologias cardiovasculares – consideradas ainda a principal causa de morte em todo o mundo. Portugal segue a tendência a nível global e as doenças do foro oncológico lideram a principal causa do aumento dos custos dos seguros de saúde, seguindo-se as patologias musculoesquelético, cardiovasculares, do foro da saúde mental e a diabetes.
Sobre o estudo, João Dias conclui “desde 2021 os preços das tabelas dos atos médicos passaram a ser atualizados anualmente pelos prestadores de saúde privados, levando a aumentos contínuos de preços nas redes de cuidados de saúde. Assim como, alguns constrangimentos na acessibilidade ao SNS que têm contribuído para uma transferência de custos para o sistema privado de saúde, financiado em grande parte via seguros de saúde e subsistemas como a ADSE. Também os impactos de longo prazo da pandemia de Covid 19 continuam a fazer-se sentir, com a menor imunidade da população e novas infeções respiratórias e doenças a serem tratadas em estágios mais avançados, ainda decorrente da falta de prevenção e diagnósticos que verificámos durante a pandemia. Finalmente, a própria evolução tecnológica da medicina com exames e tratamentos cada vez mais eficientes, mas também mais dispendiosos, contribui para que tendencialmente os custos médicos cresçam acima da taxa de inflação geral das economias.
No que se refere à análise das tendências por região, verifica-se que a nível global o aumento médio com os custos de saúde será de 10%, com algumas regiões a atingir aumentos superiores, como a região da Ásia-Pacífico e do Médio Oriente a registarem 11,1% e 15,5%, respetivamente, e a América do Norte a assinalar um, aumento de 8,8%, abaixo dos 10%. Em contraste, a Europa e a região da América Latina e Caraíbas deverão apresentar uma tendência de ligeira desaceleração, com uma média de 8,9% e de 10,7%, respetivamente. De destacar Portugal com uma tendência estável em relação a 2024, a registar uma taxa de 10%. Esta divergência entre as diferentes regiões sublinha a diversidade das pressões que afetam os custos de saúde em todo o mundo.
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