A ENTRAJUDA, organização pioneira na inovação social, assinala, este ano, o vigésimo aniversário, celebrando duas décadas de dedicação ao fortalecimento do setor social através da gestão e organização. Desde a sua fundação, a ENTRAJUDA tem sido uma peça fundamental na transformação das instituições de solidariedade, com o objetivo de combater a pobreza de forma mais eficiente.
Em 2023, em parceria com organizações sociais de todo o país, a ENTRAJUDA ajudou cerca de 885 mil pessoas, evidenciando a crescente necessidade de suporte em Portugal, onde a taxa de pobreza continua a ser uma preocupação significativa. Através de três principais áreas de atuação – transmissão de conhecimento, mobilização de voluntariado e recuperação para reutilização de bens – a instituição tem conseguido gerar valor social e ambiental, alinhado com os princípios da Economia Circular.
Para Isabel Jonet, Presidente da ENTRAJUDA, “nos 20 anos de atividade, estamos profundamente gratos pelo impacto que temos conseguido gerar. Mas é também um momento de projetar o futuro, conscientes das necessidades crescentes das comunidades em Portugal. Temos vindo a ter a oportunidade de transformar vidas, promovendo não só a inclusão social, mas também a dignidade humana."
Inovação social: dotar as instituições de solidariedade com mais gestão e organização para combater a pobreza com maior eficácia.
A ENTRAJUDA foi criada há 20 anos e tem vindo a prestar de forma anónima uma ajuda estruturante, disponibilizando ferramentas e recursos qualificados, capazes de potenciar a eficiência dos meios e a eficácia dos resultados, contribuindo para um sector social mais forte, capaz de atender às múltiplas necessidades e solicitações das pessoas que dele dependem, por vezes como única resposta efetiva e afetiva.
A elevada taxa de pobreza em Portugal, o grande número de pessoas que dependem de apoios para ter uma vida digna, representam um desafio para propor ideias inovadoras e novas soluções a quem delas cuida. É isso que a ENTRAJUDA tem feito em três grandes áreas de atividade que se completam:
- a transmissão de conhecimento - através da elaboração de planos de apoio executados com a ajuda de voluntários tutores, ações de formação ou aplicações informáticas específicas para dar resposta a necessidades comuns, replicando soluções que possam ser formatadas;
- a mobilização de voluntários qualificados que querem dar o seu tempo por uma causa, no âmbito da Bolsa do Voluntariado e de Projetos Solidários;
- a recuperação para reutilização de bens não alimentares e equipamentos, entregues pelo Banco de Bens Doados, em colaboração com o Banco de Equipamentos. Em todos os casos é gerado valor social. No último acresce o valor ambiental alinhado com os princípios da Economia Circular.
- a mobilização de voluntários qualificados que querem dar o seu tempo por uma causa, no âmbito da Bolsa do Voluntariado e de Projetos Solidários;
- a recuperação para reutilização de bens não alimentares e equipamentos, entregues pelo Banco de Bens Doados, em colaboração com o Banco de Equipamentos. Em todos os casos é gerado valor social. No último acresce o valor ambiental alinhado com os princípios da Economia Circular.
Capacitar o setor social para combater a pobreza.
A ideia que presidiu à criação da ENTRAJUDA em 2004 – capacitar o sector social - permanece válida: melhorar a gestão e a organização das Instituições de Solidariedade Social com uma ajuda estruturante, disponibilizando ferramentas e recursos qualificados, capazes de potenciar a eficiência dos meios e a eficácia dos resultados contribui para tornar o sector social mais forte, capaz de atender às múltiplas necessidades e solicitações das pessoas que dele dependem, por vezes como única resposta efetiva e afetiva.
A ideia que presidiu à criação da ENTRAJUDA em 2004 – capacitar o sector social - permanece válida: melhorar a gestão e a organização das Instituições de Solidariedade Social com uma ajuda estruturante, disponibilizando ferramentas e recursos qualificados, capazes de potenciar a eficiência dos meios e a eficácia dos resultados contribui para tornar o sector social mais forte, capaz de atender às múltiplas necessidades e solicitações das pessoas que dele dependem, por vezes como única resposta efetiva e afetiva.
Mobilizar e facilitar a participação de pessoas de boa vontade e de empresas, partilhando tempo, conhecimento e talentos, assenta num real conhecimento das necessidades das Instituições, mas também das suas capacidades e limites, de forma a evitar desperdícios e defraudar expectativas de quem quer dar, mas também de quem precisa de receber. Os ritmos são distintos, há um caminho de formação e capacitação que deve ser percorrido e o conhecimento da realidade da intervenção no terreno exige respostas ajustadas e adequadas.
É este o maior ativo da ENTRAJUDA: o conhecimento muito próximo das Instituições sociais com carismas e identidades próprias, mas empenhadas na ajuda a quem mais precisa.
É este o maior ativo da ENTRAJUDA: o conhecimento muito próximo das Instituições sociais com carismas e identidades próprias, mas empenhadas na ajuda a quem mais precisa.
Encontram-se registadas na ENTRAJUDA 5.490 organizações, com atividade nos 18 Distritos e 2 Regiões Autónomas de Portugal, que apoiam cerca de um milhão e quatrocentas mil pessoas carenciadas e que oferecem diversas respostas sociais como: apoio a pessoas idosas e dependentes (com Serviço de Apoio Domiciliário, Centro de Dia, Lar de Idosos e Centro de Convívio), serviços prestados à família e à comunidade (com a valência Ajuda Alimentar) e apoio a crianças e jovens (com serviços como Creche, Estabelecimento de Educação Pré-Escolar e ATL). É nestes 3 grupos que estão concentrados 80% dos utentes apoiados pelas instituições: 30% Pessoas Idosas e Dependentes; 21% Crianças e Jovens; 29% Família e Comunidade em Geral. Outros grupos também apoiados pelas instituições registadas na ENTRAJUDA, são Pessoas Sem-Abrigo e Toxicodependentes, Dependentes, Deficientes, Vítimas de Violência Doméstica e Pessoas com HIV/Sida.
A somar às Instituições de solidariedade (ou equiparadas) registadas, a base de dados da ENTRAJUDA inclui ainda 203 Instituições de apoio ou proteção a animais.
Qualificar os dirigentes e técnicos das Organizações e promover o voluntariado qualificado.
A ENTRAJUDA considera a formação como o pilar da transformação das Instituições. Tem uma área destinada a capacitar as Instituições não lucrativas com ferramentas de suporte à organização e gestão permite a melhoria e qualidade dos serviços prestados aos seus beneficiários.
Para além disso, com o duplo objetivo de promover uma cultura de voluntariado em Portugal enquanto intervenção de cidadania ativa e responsabilidade pelo bem comum, tanto individual como empresarial e ainda facilitar o exercício do voluntariado, individual e empresarial, foi desenvolvida pela ENTRAJUDA em 2005, a Bolsa do Voluntariado, o maior site português de voluntariado, com 58.242 voluntários registados e 2.346 Instituições/Organizações de diversas áreas (solidariedade, ambiente, cultura, defesa dos direitos humanos, proteção dos animais) que criaram 5.493 oportunidades de voluntariado.
Recuperar bens e equipamentos e promover a Economia Circular.
Na lógica da capacitação das organizações sociais, numa vertente material, foi criado o Banco de Bens Doados, com a missão de reutilizar bens e equipamentos com utilidade social e promover a luta contra a pobreza, lutar contra o desperdício, sempre estabelecendo parcerias, a montante com empresas e entidades e a jusante com Organizações não lucrativas, dando resposta a necessidades especificas. Há muitos excedentes de produção da indústria e da distribuição, produtos não comercializáveis por razões diversas, mobiliário e bens doados por particulares e empresas, de casa e de escritório, tintas, produtos de higiene de casa e de higiene pessoal, roupa nova, brinquedos, produtos elétricos e eletrónicos. Sempre que possível recuperar para reutilizar e, como última opção, conduzir para correta reciclagem. A distribuição é feita em parceria com instituições registadas na ENTRAJUDA que lutam contra a exclusão social e a pobreza; nada é distribuído diretamente a pessoas carenciadas: todos os produtos passam obrigatoriamente pelo canal das instituições locais, grupos ou comunidades, com grande proximidade às pessoas em situação de pobreza. A entrega de bens a título gratuito visa o objetivo de promover a autonomia e não criar comportamentos acomodatícios.
Em 2023 foram apoiadas pela ENTRAJUDA 2.106 Instituições sociais que assistem perto de 882.151 pessoas em situação de pobreza.