Atuar nas DCCV exige uma mobilização do cidadão a nível individual para que esteja mais consciente dos fatores de risco e possa gerir melhor a sua saúde, mas também ao nível dos nossos decisores que precisam não só de colocar mais recursos na prevenção como também estabelecer prioridades mais claras e que sejam mobilizadoras de todos os setores da sociedade que podem contribuir para que as DCCV deixem de ser um flagelo para as famílias portuguesas.
refere Luís Filipe Pereira, presidente da Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca.
Muito além dos números das DCCV preocupam-nos o contexto e o seu impacto, numa sociedade que enfrenta hoje as consequências de que é inevitável viver e morrer de DCCV. Não podemos aceitar como inevitável o fardo que a sociedade suporta e que, no contexto do envelhecimento que caracteriza o nosso país, sofre consequências que extravasam a saúde e se tornam avassaladoras. Ao longo dos anos temos trabalhado com a sociedade civil para a consciencialização da importância de um estilo de vida saudável e do controlo dos fatores de risco e para a necessidadede uma atuação a nível individual e coletivo. É com entusiasmo que o continuaremos a fazer de uma forma integrada através da Coligação Nação Invisível
comenta Manuel Carrageta, Presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia.
Como representantes dos sobreviventes de AVC, conhecemos de perto as consequências na pessoa, na família e na sociedade da falta de prevenção, de uma atuação precoce e da reabilitação e do acompanhamento adequado das pessoas que sofrem as DCCV. Precisamos não só de valorizar mais a prevenção, como também olhar para as necessidades dos doentes, apostando num Programa de Reabilitação Multidisciplinar adequado e acessível a todos. A Coligação abre as portas a todos os atores que queiram contribuir para que o nosso país não seja aceite como normal ver desaparecer, ou passar a ter uma vida tão desintegrada, tantos dos nossos familiares e amigos por DCCV.
reforça António Conceição, Presidente da Portugal AVC.
[1] LATINO study; Mach F., et al; ESC Scientific Document Group. 2019 ESC/EAS Guidelines for the management of dyslipidaemias: lipid modification to reduce cardiovascular risk. Eur Heart J. 2020 Jan 1; 41(1): 111-188;
[2] Global Burden of Disease Study 2019 (GBD 2019) Results. Seatle, United States: Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME), 2021.
[3] LATINO study; Mach F., et al; ESC Scientific Document Group. 2019 ESC/EAS Guidelines for the management of dyslipidaemias: lipid modification to reduce cardiovascular risk. Eur Heart J. 2020 Jan 1; 41(1): 111-188;