· Transição energética esteve em foco durante os 3 dias da conferência;
· Mais de 3.000 líderes, investidores e executivos de energia juntaram-se para discutir o futuro do setor;
· O evento regressa no próximo ano entre os dias 28 e 30 de maio para dar continuidade à discussão sobre as metas carbono zero;
O Lisbon Energy Summit & Exhibition 2023 ganhou relevo junto do setor ao mobilizar os diferentes stakeholders na discussão sobre o equilíbrio entre a segurança energética e as metas de carbono zero. Em foco estiveram ainda temas como o investimento para garantir uma economia com redução das emissões de carbono e a descarbonização de setores difíceis de reduzir. Realizada pela primeira vez em Portugal, a cimeira foi a oportunidade perfeita para lançar em debate temas cruciais para o setor da energia a nível global.
Na abertura do evento, Duarte Cordeiro, Ministro do Ambiente e da Ação Climática, que apoiou oficialmente o evento desde a sua conceção, assumiu o compromisso com a adoção de políticas e regulamentação que atraiam investimento estrangeiro, deixando a nota de que o Governo já está a simplificar os processos para facilitar o licenciamento e acelerar a transição energética num cenário estável para os investidores.
João Galamba, Ministro das Infraestruturas, seguiu a mesma linha estratégica. "Tendo em conta o potencial de Portugal em termos de energias renováveis, a ambição é colocar o país na 'pole position' para a produção de combustíveis de aviação sustentáveis (SAF)", afirmou.
Ana Fontoura Gouveia, Secretária de Estado da Energia e Clima garantiu que: "A revisão da estratégia para o hidrogénio terá uma meta mais elevada" e admitiu que "os vencedores do primeiro leilão de energia eólica offshore em Portugal só deverão ser conhecidos em 2024".
Mais de 140 oradores e líderes, incluindo Maria da Graça Carvalho, membro do Parlamento Europeu, Filipe Silva (Galp), Miguel Stilwell d'Andrade (EDP), João Manso Neto (Grupo Greenvolt), Sébastien Clerc (VoItalia), Cornelius Matthes (Dii Desert Energy) e Christian Pho Duc (Smartenergy), juntaram-se para discutir as oportunidades e riscos que o setor energético enfrenta atualmente.
Filipe Silva, CEO da Galp, abordou as perspetivas da transição energética europeia numa sessão que abordou o trilema energético – Segurança, Acessibilidade e Descarbonização; "A Europa opera num mundo global e este é um problema global. Só existe uma atmosfera e temos de nos certificar de que todos cumprimos as mesmas regras", salientando que as regras e proibições previstas correm o risco de "matar" a capacidade industrial da Europa, que migrará para outras partes do mundo, como a China ou a Índia, onde será mais barato produzir.
Entre os oradores convidados, António Vidigal, Consultor na área de energia e ITC, que esteve à frente da EDP Inovação vários anos, sublinhou que vê Portugal como "um laboratório vivo para a transição energética" e enumerou alguns exemplos de inovação feitos em Portugal, como o parque eólico Windfloat Atlantic, alguns modelos pioneiros de carregamento ultrarrápido para veículos elétricos, soluções vehicle-to-grid (V2G) da Magnum Cap, baterias da Addvolt e iluminação eficiente da Arquiled.
A decorrer na FIL, no Parque das Nações, o Lisbon Energy Summit & Exhibition 2023 reuniu mais de 3.000 stakeholders da indústria, desde produtores de energia a decisores, reguladores, empresas tecnológicas, investidores, grandes consumidores de energia e diversas organizações, tendo todos em comum uma preocupação central, a descarbonização da economia.
A próxima edição do Lisbon Energy Summit & Exhibition realiza-se de 28 a 30 de maio de 2024. Consulte toda a Informação em: www.lisbonenergysummit.com