· Apesar de ser a principal ameaça e a segunda com maior risco de perda de receita, apenas cerca de 25% das empresas estão a implementar medidas para a mitigar;
· A pandemia potenciou, a nível global, riscos de interrupção do negócio e de escassez de matérias-primas para as empresas;
· Já os riscos ambientais, desastres naturais, alterações climáticas e ESG – Environmental, Social, and Governance – são subvalorizados pelas empresas.
Lisboa, 11 de novembro de 2021 – A Aon, empresa líder mundial de serviços nas áreas de risco, reforma, saúde e pessoas, divulga os resultados do Global Risk Management Survey, relatório onde empresas de todo o mundo identificam os riscos que consideram afetar mais a sua atividade. De acordo com as conclusões obtidas para Portugal, a desaceleração / recuperação lenta da economia é o risco que mais preocupa as empresas locais, sendo este uma consequência direta do segundo maior risco deste ranking: o risco pandémico.
Além de se posicionar como a principal ameaça para as empresas portuguesas, a desaceleração económica é também percecionada pelos inquiridos deste relatório como um dos riscos que maiores perdas poderão trazer aos negócios, ficando atrás do risco de pandemia. Apesar disto, apenas cerca de 25% das empresas estão a implementar medidas para o mitigar.
Para Carlos Freire, o recém-nomeado CEO da Aon Portugal, “estas conclusões poderão justificar-se pela significativa volatilidade e incerteza em relação à forma como as economias irão reagir ao cenário pós-pandemia, o que reforça a imperatividade de cada empresa desenvolver e implementar uma estratégia de gestão de risco capaz de reduzir o impacto que os riscos originados ou escalados pela pandemia podem trazer ao seu negócio”.

Já a nível global, o Global Risk Management Survey revela que o risco cibernético / data breach lidera, pela primeira vez, a tabela dos riscos que mais afetam as empresas, tendo alcançado a nível global a posição mais alta desde o início desta análise, em 2007.
Para os mais de dois mil gestores de risco que participaram na concretização da nova edição do maior estudo bienal da Aon – incluindo portugueses – a escalada do cibercrime, que na edição anterior do Global Risk Management Survey se encontrava na 6ª posição, justifica-se tanto pelo papel primordial que a tecnologia desempenhou durante a pandemia, como pela aceleração da transformação digital das empresas, que originaram um acentuar dos ataques cibernéticos e episódios de violação de dados em todo o mundo – com os setores financeiro, segurador, tecnológico, de serviços profissionais, de telecomunicações, media e entretenimento sido os mais lesados nesta área.

Atrás do risco cibernético, o Global Risk Management Survey deste ano destaca ainda no top 3 dos principais riscos para as empresas os riscos de interrupção do negócio e a desaceleração / lenta recuperação da economia. Ao mesmo tempo, e como consequência da pandemia, o risco no mercado de commodities e escassez de matérias-primas registou a sua classificação mais alta de sempre, alcançando a 4ª posição – uma realidade hoje visível, sobretudo, pela crise energética que o planeta atravessa.
Tal como em Portugal, também entre os principais riscos identificados existe um fator comum: a sua relação com a atual pandemia. Segundo o relatório, o impacto da COVID-19 veio mostrar que o mundo está mais volátil e interligado do que nunca e que não é suficiente as empresas focarem-se apenas num evento, mas sim no impacto que vários fenómenos interligados podem ter num mercado globalmente conectado.
Segundo Carlos Freire, o novo cenário de risco veio trazer novos desafios: “A pandemia mudou o perfil de muitos riscos existentes, lançando dúvidas sobre a nossa capacidade de os gerir e financiar, e fazendo com que novas exigências do mercado surgissem e se tornassem relevantes. Como mostra o 2021 Global Risk Management Survey, os riscos de longa duração tornaram-se o foco principal do cenário de risco, e será também com uma visão a longo prazo que as empresas terão de se posicionar perante a conjugação de ameaças que irão potencialmente impactar os seus negócios, sendo fundamental primar a sua estratégia de gestão de risco em três eixos fundamentais – apostar em soluções holísticas, capazes de mitigar novas formas de volatilidade; identificar formas alternativas de aceder a capital capaz de suportar os riscos a enfrentar; e construir uma força de trabalho resiliente, na medida em que os colaboradores são uma força imprescindível no combate ao risco.”
Contudo, o novo estudo da Aon demonstra também que o foco dado pelas empresas ao risco pandémico e às suas consequências levou a que as empresas subvalorizassem alguns riscos de extrema importância no atual cenário, nomeadamente os riscos associados ao ambiente e sustentabilidade. Apesar do crescente awareness e do seu impacto em custos financeiros – em 2020, os desastres naturais ocorridos em todo o mundo resultaram em cerca de €220 mil milhões em prejuízos económicos, segundo o Weather, Climate & Catastrophe Insight: 2020 Annual Report, um outro estudo da Aon – o Global Risk Management Survey demonstra que o risco ambiental (18ª posição), os desastres naturais (22ª posição), as alterações climáticas (23ª posição) e as estratégias do risco de CRS - Corporate Social Responsability / ESG - Environmental, Social, and Governance (31ª posição), continuam ainda a vigorar em posições de pouco destaque no ranking dos principais riscos. Sobre este último, a sua subvalorização pode estar relacionada com o facto de ser considerado predominantemente uma exposição reguladora, ou um fator de danos à reputação, ambos incluídos no top 10.
“Há exposições que são, ainda, relativamente novas para muitas empresas, como o risco de alterações climáticas, o risco da cadeia de abastecimento / distribuição, e o risco CRS e ESG, o que deixa margem para melhorias significativas.” conclui Carlos Freire. Na Aon, acrescenta, “dedicamo-nos a soluções inovadoras que abordam tanto os riscos conhecidos como os emergentes, seja através de dados ou de análises de última geração. O objetivo é permitir aos nossos clientes tomar melhores decisões e gerir a volatilidade à escala da sua exposição na economia global.”
Por fim, o estudo faz ainda uma previsão do que será o cenário de risco daqui a 3 anos, onde o risco cibernético volta a ganhar destaque, ao mesmo tempo que a desaceleração da economia / recuperação lenta, e o risco no mercado de commodities / escassez de materiais mantém a sua linha de crescimento, o que demonstra, uma vez mais, o impacto que os riscos de longa duração terão na atividade das empresas.

Já para Portugal, prevê-se que a desaceleração / recuperação lenta da economia se mantenha no topo do ranking, com o risco no mercado de commodities / escassez de matérias-primas, os ataques cibernéticos, a volatilidade dos preços dos ativos, a dificuldade na captação e retenção de talento, o cash flow / risco de liquidez, e falha na inovação a subirem de posição no top 10.
Realizado de dois em dois anos desde 2007, o Global Risk Management Survey da Aon fornece dados e insights para permitir uma melhor tomada de decisão em torno do risco num ambiente de negócios cada vez mais volátil e complexo. A edição deste ano reuniu mais de 2.300 inquiridos em 60 países e 16 setores de atividade para identificar os principais riscos e desafios que os gestores enfrentam nas suas organizações. O relatório completo de 2021 pode ser consultado em: https://grms.aon.com/2021-global-risk-management-survey
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Sobre a Aon:
A Aon plc (NYSE:AON) é uma empresa líder mundial de serviços profissionais que dispõe de uma ampla gama de soluções de risco, reforma e saúde. Com 50.000 colaboradores em 120 países tem como objetivo entregar os melhores resultados através de proprietary data & analytics para fornecer insights que reduzam a volatilidade e melhorem o desempenho. Visite aon.com para mais informação.
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