Lisboa, 4 de maio de 2023
Em contexto de crescentes dificuldades para muitas famílias, a braços com o aumento do custo de vida e das taxas de juro, que lhes limitam de forma significativa o rendimento disponível, o Banco Alimentar apela de novo à manifestação da habitual solidariedade de todos os portugueses para que deem o seu contributo. A nova Campanha de recolha de alimentos, que se inicia no próximo fim-de-semana, conta com uma grande equipa de voluntários e tem como mote “Juntos, vamos alimentar a esperança”. Neste fim de semana, os portugueses vão poder doar alimentos em cerca de 2.000 superfícies comerciais espalhadas por todo o país.
Cerca de 40 mil voluntários vão estar, como é habitual, nos supermercados de todo o país para corporizar esse apelo e organizar e canalizar os donativos. Para além da campanha presencial dos dias 6 e 7, a recolha prosseguirá até 14 de maio através de vales disponíveis nos supermercados ou no canal online www.alimentestaideia.pt.
“Esperança” é o mote a que se encontra subordinada esta Campanha, por via do qual se pretende sublinhar a importância que pode significar a partilha por parte de cada pessoa, consoante a sua disponibilidade, para melhorar a vida de famílias com necessidades. Para manter viva a esperança dessas famílias, cujos pedidos de ajuda têm vindo a aumentar devido às crescentes dificuldades económicas e sociais, é suficiente um simples gesto de partilha de alimentos idênticos aos que que cada um adquire normalmente para a sua própria casa.
No lançamento desta nova Campanha de recolha de alimentos, Isabel Jonet, Presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, sublinha que “Estas campanhas são muito importantes para mobilizar a sociedade, sobretudo numa altura em que a situação está muito difícil para muitas famílias. No ano passado, os 21 Bancos Alimentares ajudaram cerca de 400 mil pessoas com carências alimentares comprovadas, e este ano há muitas mais que carecem de ajuda. Com o aumento do custo de vida, temos visto os pedidos de ajuda aumentar, pelo que será necessário um esforço ainda maior para conseguirmos levar alimento a quem mais precisa. O papel dos Bancos Alimentares adquire uma importância acrescida face ao aumento das carências alimentares e constitui mais do que nunca um farol de esperança para muitas famílias portuguesas”.
A responsável agradece, antecipadamente, “o apoio de tantos voluntários e doadores, que participam nestas ações e dão assim corpo à criação de uma verdadeira e real rede social de solidariedade e de entreajuda, numa verdadeira manifestação da força que pode adquirir a sociedade civil para ajudar a resolver alguns dos problemas com que se confronta o país”.
Para participar, basta aceitar um saco do Banco Alimentar e colocar nele bens alimentares, de preferência não perecíveis (como leite, conservas, massa, arroz, azeite, açúcar ou farinha), entregando-o aos voluntários à saída. Os produtos são depois encaminhados para os armazéns do Banco Alimentar de cada região, onde são pesados, separados e acondicionados para serem entregues às entidades beneficiárias. A distribuição começa de imediato, garantindo que tudo chega à mesa de quem precisa.
A campanha prolonga-se até dia 14 de maio através de vales disponíveis em todos os supermercados e também online, no site www.alimentestaideia.pt, onde é possível doar bens não perecíveis. Desta forma, qualquer pessoa terá a oportunidade de contribuir, mesmo que não consiga deslocar-se aos pontos de recolha durante o fim de semana.
Os 21 Bancos Alimentares, em parceria com cerca de 2.600 instituições e entidades que atuam no terreno, distribuem diariamente bens alimentares a mais de 400 mil pessoas em Portugal.
Os materiais de comunicação da campanha estão disponíveis aqui.
Os Bancos Alimentares Contra a Fome
O Banco Alimentar foi criado em Portugal em 1991 com a missão de lutar contra o desperdício e distribuir apoio a quem mais precisa de se alimentar, em parceria com instituições de solidariedade e com base no trabalho voluntário. Existem atualmente 21 Bancos Alimentares (nas zonas de Abrantes, Algarve, Aveiro, Beja, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Cova da Beira, Évora, Leiria-Fátima, Lisboa, Madeira, Oeste, Portalegre, Porto, S. Miguel, Santarém, Setúbal, Terceira, Viana do Castelo, Viseu). A Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares representa e congrega a rede dos Bancos Alimentares a nível nacional e internacional.
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